domingo, 22 de junho de 2014

Tear de Pensamento



A roda gira, volto a lavrar palavras nesse sítio virtual de pensamentos, mas agora mudada, transmudada na maternidade. Aqueles que não experimentaram ou experimentarão isso, sem ressentimentos, mas como a experiência de quase morte, a de ser vetor da vida modifica a todos que escolhem fazer a viagem conscientes. Muda a pessoa de modo muito peculiar. 

Percebo os últimos olhares de textos daqui, foram dispensados à Educação. Curiosamente, hoje a questão é a mesma, mas olhada por outra objetiva, a da maternidade.

A pergunta agora é “como pensamos nossas crianças? ”. As perguntas agora são “o que será que elas pensam de nós? ” “O que nós pensamos de nós mesmos? ”

Antes de mães somos todas filhas, não fazer a passagem de ser só filha para a de sustentar a dinâmica mãe e filha, alternando os papeis conforme pede a vida, é atraso. Mas como qualquer passagem, essa custa. Nem é barato. Nem acontece de repente, mas vai se construindo outra identidade, inspirada por outra potência, fortalecida na submissão à vida comum, comunitária. A maternidade é substancial, merece que nos demoremos atentando para as transformações multiplicadoras.

Proponho: debrucemos sobre um tempo largo o suficiente para abraçar todas as questões que surjam destarte, e enquanto ele passa a gente fuxica, fala, escreve, discorre sobre elas até que se gastem e deixem rastro de aprendizagem. 

- Elis Barbosa

Revisão: Leandra Freitas

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